Cena 01- MUITOS ANOS ATRÁS/ Recife/
Dia.
Música suave. Dia ensolarado. A
igreja está cheia, todos esperando ansiosamente a chegada da noiva. Um
casamento simples, porém cheio de alegria, não só entre os convidados, como
também no altar.
O sorriso do noivo é o mais largo que
se possa imaginar, entretanto ele também demonstra nervosismo e insegurança,
sentimentos típicos para a ocasião. Todo o clima é cortado quando a noiva
entra, anunciada por uma belíssima música, tocada a violino, e cantada por um
singelo coral. Ela atravessa o altar sozinha, o pai morrera anos antes e ela
não fazia questão de ninguém para lhe acompanhar. Quando menos se espera, ela
chega. Os dois trocam sorrisos, depois se ajoelham, para a benção do padre.
Após sucintas palavras serem
proclamadas pelo padre, eis a fatídica pergunta.
Padre: Tião Friebe, você aceita
Celeste Reis como sua legítima esposa? Prometendo ama-la e respeita-la na
alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?
Tião nem ao menos pensa: Sim- Ele
sorri- Sim!
Padre: E você, Celeste...
Celeste: Sim, aceito!- Ela sorri-
Desculpa, padre, desculpa a pressa...Mas é que o bolo do casamento já deve
estar derretendo. A festa vai ser num parque e...
Padre: Sim, sim minha filha, então eu
vos declaro marido e mulher. Já podem se beijar e ir comer o bolo- Ele
abençoa ambos.
Celeste e Tião se beijam, arrancando
aplausos dos convidados, que vibram com o momento. A felicidade é geral.
CORTA PARA:
Chuva forte. Choro de bebê
atordoante. Relâmpagos, trovões e uma ventania arrebatadora que fazia a janela
de uma pequena casa bater, se alternam no triste cenário. Uma mulher entra no
único quarto do recinto, com uma carta em mãos, apavorada.
Celeste relê as palavras, trêmula,
com medo perceptível no olhar: Meu Deus...Eu tenho que sair daqui. Ele vai me
matar. Ele diz aqui. Não vai poupar nem ao menos a nossa filha- Ela sufoca o
choro- Não posso permitir que isso aconteça. EU NÃO VOU PERMITIR- Uma lágrima
desce do seu rosto.
Celeste vai até o guarda roupa e
retira dele algumas peças, tanto dela, quanto da bebê, e as coloca em uma mala
velha. Pega mais alguns elementos necessários, e um pano, para cobrir a cabeça
da filha, que ainda chorava, aterrorizada com os barulhos do temporal.
Celeste, ofegante: Calma, filha. Nós
vamos fugir desse monstro...Ele nunca vai achar a gente. É uma promessa- Entre
passos cambaleantes, ela sai com a recém-nascida, e, em meio a chuva e a
neblina, desaparece.
Na casa, a janela ainda batia muito
violentamente, por conta do vento, provocando um horroroso ruído. Um trovão
ecoa pelo céu. A carta estava sobre a cama, nela lia-se claramente uma frase
grifada várias vezes:
EU VOU TE MATAR.
ELOS- PILOTO( CAP. 0)
Roteiro: Victor Morais.
Cena 02- 1997/ RIO DE
JANEIRO/ Madureira/ Dia.
Marcus arruma sua mala, assobiando.
Ele olha ao redor por seu quarto e percebe que não sobrou mais nada.
Nair entra: Vazio, né? Entro aqui e a
tristeza bate...Nunca imaginei que meu único filho fosse querer abandonar o Rio
e ir pra Recife! Normalmente é o contrário que acontece.
Marcus se senta na cama: Mas você
sabe que eu não sou normal, e nunca vou ser. Falando sério, eu preciso fazer
essa viagem com o Peninha, me livrar dessa vida bandida que eu levava aqui.
Poxa, quero te trazer orgulho também... Vai me dizer que queria um filho
bandido pra sempre?
Nair nega: Não, bandido só dura até
os 30 no máximo. Mas não use esse termo. Bandido.
Soa tão feio...Você não era um bandido. Só alguém que... Não ia pelas vias
normais.
Marcus, cabisbaixo: Não use
eufemismos. Eu cometi muitos crimes, mãe- Ele ergue a cabeça- Mas agora vou
começar uma nova vida. Uma vida honesta. Isso, claro, se a polícia não me pegar
antes...
Nair o abraça: Para de falar isso!
Nossa Senhora da Boa Viagem vai te guiar. E tudo vai dar certo pra você lá no
Recife. Fora que você tá na companhia do Peninha, o camarada mais alegre que eu
conheço... Me telefona com boas notícias, Marcus. Sabe como sou preocupada...
Marcus: É em Recife que eu vou
refazer a minha vida, mãe. Você só vai receber notícia boa, relaxa- Ele lhe dá um
beijo no rosto.
Peninha entra: Atenção viajantes! O
caminhão do Peninha já está pronto para a viagem! ÚLTIMA CHAMADA. Vamos logo,
Marcolino, você já se despediu da sua mãe 500 vezes.
Marcus pega sua mala: Já estou
indo...Mas vamos combinar uma coisa, Peninha, vamos morar em um novo lugar,
então temos que criar novos hábitos. Nada de me chamar de Marcolino. Marcolino
morreu, pobre coitado, agora eu sou só Marcus!- Ele respira fundo.
Peninha ri: Tudo bem, senhor pomposo
Marcus. Vamos, que daqui até Recife é longe pra burro. Dá tempo eu cantar o CD
inteiro do Reginaldo Rossi...- Ele abraça Nair- Até breve, comadre. Você devia
vir conosco...
Nair: Vou ficar por aqui mesmo, não
posso abandonar o camelô. Não por enquanto.
Marcus sobe no caminhão: Tchau, mãe.
Esqueça meu rosto, e quem eu sou agora. Quando me ver de novo, vou ser outra
pessoa. Anota aí!
Nair acena: Tchau, filho! Seja feliz
em Recife- Ela fecha a porta- Seja muito feliz...
Cena 03- RECIFE/ Barraco de
Marcelina/ Int./ Dia.
Marcelina, ao telefone: Como assim
você abrigar um criminoso na sua pensão, comadre? Pirou?
Suspiro, do outro lado: Não é bem
assim, comadre. É um rapaz de boa índole, ele só roubava pra garantir o pão de
cada dia pra mãe, Nair, que ficou um período doente...Aí a polícia começou a
implicar com ele, e agora ele tá vindo pra cá...Meio que fugido. Mas vou
receber o rapaz e Peninha muito bem. Já já vou fazer um sarapatel daqueles...
Marcelina: Você quem sabe, cuidado
pra não dar problema aí...
Suspiro ri: Já abriguei tanta gente
nessa minha pensão que você ficaria de queixo caído...E aí, como estão as
coisas?
Marcelina: Vão indo bem, na medida do
possível. Tô preocupada com essa chuva forte, que não para, pra quem vive no
morro como eu, é perigoso. E a mulher no jornal disse que tudo só vai
piorar...Recife vai ficar debaixo d’água. Já tem gente chamando de dilúvio recifense.
Suspiro: Não se preocupa, comadre,
que logo a chuva passa- A campainha toca- Depois nos falamos mais, deve ser o
abestalhado do carteiro. Beijos!
Guga se senta ao lado da mãe: A cada
vez que você lembra que a gente mora num morro, minha expectativa de vida
diminui- Ele lê um jornal- Não tem nenhum emprego decente pra mim nesse lixo de
cidade.
Susana pega o jornal: Aqui tem um
monte de emprego. Servente de pedreiro, vendedor em loja...Você que nunca tá
satisfeito com nenhum- Ela lê algo- Olha isso, que interessante! O deputado
Tião Friebe, mais conhecido como Tião do Povão vai dar uma festa aberta ao
público no salão de sua mansão hoje! Vamos, gente! Vamos todos nós, faz tempo
que não temos um programa em família.
Jucy aparece: Eu topo! Provavelmente
vão ter vários lindos por lá.
Marcelina, desesperada: Claro que
não, eu já disse pra vocês que odeio esse deputado! Não quero saber de nenhum
de vocês três nessa festa...Esse homem é um falso- Ela respira fundo- Me dá
esse jornal.
Susana: Nunca entendi o que você tem
contra o Tião. O povo ama ele. Vamos nessa festa, mãe! Agitar o esqueleto um
pouco, faz bem!
Marcelina rasga o jornal: JÁ DISSE
QUE NÃO!- Ela fica vermelha de cólera- Assunto encerrado. Escutem o que eu
digo: Esse homem não vale nada. Ele ilude o povo. Quero distancia de gente
podre de espirito como ele...
Guga: Como você pode afirmar tudo
isso?
Marcelina demora pra responder: Minha
experiência de vida responderá sua pergunta- Ela sai.
Jucy se certifica que ela não está
mais na sala: Nós vamos nessa festa...Né?
Cena 04- Mansão de Tião/
Int./ Saleta do deputado/ Dia.
Tião ajeita a gravata: Bebidas. Gelo.
Buffet. DJ. Iluminação. Tá tudo certo?
Gordênia checa tudo: Certíssimo
patrão, sua festa vai ser um arraso!
Alexandra: Não precisa se preocupar
tanto, meu amor, até parece que é a última festa que vai dar- Ela se senta no
sofá- Esse evento vai ser mais um sucesso. Vai lotar. É uma pena que a plebe é
sempre a maioria...
Liana surge: Isso é óbvio. O povo não
perde uma boca livre. Tem comida no convite, é certeza que a ralé vem se
empanturrar. Como se fossem mortos de fome- Ela arruma o cabelo- Tá na hora de
você deixar de ser Tião do Povão e promover festas mais dignas.
Tião a olha: Eu amo o povo, irmã, e o
povo me ama. Não se esqueça que, na hora de votar, todos somos iguais. E na
hora de morrer também.
Liana: Espero que no céu, que é pra
onde eu vou, só tenha gente decente- Ela se senta- Alexandra, querida, apareceu
um homem na portaria, dizendo que tem um assunto urgente pra falar com você. O
coitado tá tomando chuva.
Alexandra estranha: Ah, deve ser o
promoter, já volto...- Ela sai.
Na garagem...
Alexandra chega: Escuta, seu
Ambrósio, nós vamos precisar de mais quatro garçons, e também de...- Ela tem
uma surpresa ao ver a pessoa- Você?
Felipe se vira. Jovem, menos de 30
anos, loiro, porte atlético: Saudades do seu amante favorito?- Ele solta um
sorriso safado e cínico.
Cena 05- Barraco da família
Porto e Pompa/ Int./ Quarto das irmãs/ Dia.
Jucy insiste: Por favor, Susana,
vamos nessa festa! Vai ser massa!
Susana arruma seu guarda-roupa:
Melhor não. Não quero contrariar mamãe, ela deve ter seus motivos pra odiar o
deputado...Fora que dei uma desanimada. Não tenho roupa pra ir.
Jucy: Quanto menos roupa, melhor!
Susana ri: Eu vou fingir que não ouvi
essa frase...Esquece essa festa de uma vez. Aliás, nem pronuncia mais nada sobre o
assunto. Ou mamãe se irrita.
Guga entra: E aí gente de bem...- Ele
se joga na cama- Pensando em como fugir pra festa do deputado? Eu posso ajudar
as duas.
Susana: Sai de cima da minha
roupa...- Ela dá um arrufo- Sua ajuda vem sempre acompanhada de uma quantia.
Nem vem, não vou pagar.
Guga ri: Eu invento que vocês foram
em um culto religioso, aquele que a vizinha vive chamando pra gente ir. Mamãe
nem vai desconfiar. Falo sério, eu acoberto vocês...Por cinquentinha.
Susana se vira: Nem pensar. Estou
juntando dinheiro pra um investimento no futuro. Festa é bobagem diante disso.
Jucy: Eu aceito! Vamos, Susana! Cada
uma dá 25. Eu tô morrendo de vontade de me divertir um pouco...Não aguento mais
ficar mofando em casa, vendo tragédia no jornal.
Susana cruza os braços: Ai...Tudo
bem, tudo bem! Nós vamos então. Que insistência...Mas vê se faz tudo direito,
Guga!
Guga se gaba: Já te dei motivo pra
desconfiança? NEM PRECISA RESPONDER. Relaxa, irmã. E podem curtir a vontade a
noite...Vai correr tudo chuchu beleza.
Cena 06- Mansão de Tião/
Garagem/ Dia.
Alexandra: Felipe, você tá louco, por
acaso? Não podia ter vindo me procurar em casa! E por favor, fale baixo,
ninguém pode saber que temos algum tipo de relação afetiva. Já pensou se alguém
entra aqui?
Felipe a beija: Nossa, quantas
perguntas! Eu não viria te procurar, querida, se não fosse algo sério. Nos
momentos de precisão nós recorremos aos amigos, assim como quando você recorreu
a mim enquanto seu maridão viajava, pra satisfazer seus desejos...Tá lembrada?
Alexandra, furiosa: Eu tenho boa
memória, agora vá direto ao ponto, por obséquio...
Felipe: Deixa eu te explicar...Andei
me envolvendo com um agiota e gastei tudo, não tenho como pagar ele. O cara tá
furioso atrás de mim, disse que quer a grana no máximo até hoje. Ou eu morro.
Alexandra: Era isso que queria falar?
Sinto muito, eu vou comparecer no seu enterro. Tem cova reservada?
Felipe a pega pelo braço: Deixa de
cinismo. Eu preciso do dinheiro. 15 mil. Pra hoje. Dá um jeito de conseguir
ou...
Alexandra se solta: Ou o quê? Eu tô
muito atarefada, querido. Hoje vai ter uma festa aberta ao público por
aqui...Não tô com tempo pra seus dilemas financeiros. Procura outra pessoa. Ou
se entrega a morte logo...
Felipe: FESTA? Melhor ainda. Hoje à
noite eu venho buscar meu dinheiro, durante a festa. O movimento vai estar tão
grande, que ninguém vai perceber minha presença...Ou, se preferir, eu chamo o
Tião pra nossa rodinha de conversa. Aproveito pra dividir com ele as nossas
experiências sexuais. CAPÍTULO 01- A
ARDÊNCIA!
Alexandra pensa um pouco: Tá bom,
para de escândalo! Eu vou conseguir o seu dinheiro. Vem hoje na festa, me
espera no jardim...Vai ter muita gente, vem com a mesma roupa que você tá
agora. Esse casaco verde horroroso com a imagem do cristo redentor.
Felipe a beija: Sabia que podia
contar com você, minha aliada. Vou estar aqui, não se preocupe- Ele sai
corrido.
Alexandra limpa a boca: O último
capítulo desse nosso livro já tem título, Felipe...- Ela sai andando- Morte.
MAIS TARDE...
Cena 07- Estradas do Brasil/
Ext./ Tarde.
O caminhão está estacionado na BR.
Peninha come um sanduíche: É muito
mais vantajoso comer um lanche desses, do que pagar um absurdo por um pão com
nada, numa dessas paradas aí...Tá gostoso, Marcolino?
Marcus: Tá ótimo. Você nunca vai me
ver reclamando de comida, Peninha. Já passei muita fome por aí...Ah, e não me
chame de Marcolino.
Peninha: Desculpa, Marcolino, é força
do hábito...Epa, eu fiz de novo- Ele ri- Eu vou me acostumar ainda com seu novo
nome. Estou achando muito bom que você largou a vida mundana e vai tentar
recomeçar...Fiquei traumatizado quando você foi parar na delegacia daquela
última vez.
Marcus suspira: A sorte que eu fui
liberado, graças a aquele advogado amigo da minha mãe. Mas não se preocupe,
Peninha. Nunca mais vou pra delegacia. E outra que...Eu era ladrão por
necessidade, você sabe disso. E você sabe muito bem da minha história, do que
aconteceu com...Ah, eu não gosto de falar.
Peninha: Não precisa falar, eu sei de
tudo que aconteceu contigo no passado, Marcolino, digo, Marcus. Tu sabe
que...Eu nunca tive filho e...Tu é como se fosse um filho pra mim. Não sou bom
com as palavra, mas é isso aí.
Marcus ri: Obrigado pelo apoio, e por
deixar eu vir com você...
Peninha o empurra: PARA SE NÃO EU
CHORO. Vamos continuar comendo esse sanduíche, cuidado pra não cair queitechup no seu casaco verde horroroso
com a imagem do Cristo Redentor- Ele dá mais uma mordida- Tu vai amar Recife,
Marcolino...Lá tem um monte de...- Eles continuam a conversa.
Cena 08- Lanchonete em
Recife/ Int./ Tarde.
Alexandra procura por alguém, com
afobação. Ela vê um homem de jaqueta preta e deduz ser a tal pessoa. Então, vai
até ele.
Alexandra: Gaspar?
Gaspar se levanta: O prazer é todo
seu. Alexandra, correto?
Alexandra se senta: Correto. Vamos
direto ao ponto...Me recomendaram os seus serviços, não importa quem, mas recomendaram.
Disseram que você é eficiente então...Quero que mate uma pessoa pra mim.
Gaspar: Você é bem direta...E eu
também. Tem fotos da vítima? Quanto vai me pagar? Como? Onde?
Alexandra cruza as pernas: Vou lhe
falar os detalhes. É pra hoje. Você não pode falhar...Tem um homem me
incomodando, e você precisa matar ele. Com um tiro bem certeiro, se for
possível.
Gaspar sorri: Tô começando a gostar
disso. Prossiga, dona Alexandra.
Alexandra conta o resto dos detalhes.
A NOITE CHEGA. E COM ELA, A FESTA DE TIÃO.
O salão principal estava cheio,
apesar da forte chuva que fazia lá fora. Os convidados dançavam e se divertiam,
com direito a vários jogos, e música alta, sem contar o farto buffet, que
satisfazia todos os paladares. Também não faltavam bebidas. Vinhos, whisky,
champanhe, e água! Alexandra tentava soar natural, mas estava ansiosa pela
chegada de Felipe. O matador contratado, Gaspar, já marcava presença.
Felipe surge: Acho que posso me
divertir um pouco antes de cobrar a madama...-
Ele se infiltra na pista.
Não muito longe dali, nas estradas de Recife...
Peninha dirige animado: Que bom que
está chovendo, não vou mais precisar lavar o caminhão...- Ele respira fundo- Já
sinto os ares recifenses invadirem minha alma! Hora de colocar uma música! Cadê
meu CD do Reginaldo?
Marcus liga o rádio: Melhor ouvirmos
o que se passa no rádio.
HÁ 15 DIAS A CHUVA É CONSTANTE EM RECIFE. E QUEM MORA EM ÁREA DE RISCO
TEME CADA VEZ MAIS, AFINAL, OS DESLIZAMENTOS SÃO CONSTANTES. A POLÍCIA JÁ ESTÁ
EM TODA A BR-101, ORIENTANDO OS MOTORISTAS, POR CONTA DE UM ACIDENTE. CONTINUE
LIGADO NA OXENTE FM! PARA SABER MAIS.
FIQUE AGORA COM “ MONTE CASTELO”- LEGIÃO URBANA.
Peninha aumenta o volume: Amo essa
música! Vamos cantar, Marcolino! AINDA QUE EU FALASSE A LÍNGUA DOS HOMENS, E
FALASSE A LÍNGUA DOS ANJOS, SEM O AMOR, EU NADA SERIAAAAAA- Ele bate no
volante.
Marcus engole em seco: Peninha, que
BR é essa?
Peninha: Acho que é a 101...Porquê?
Marcus arregala os olhos: Ah não...-
Ele vê a polícia mais a frente- PENINHA, É A POLÍCIA, ELES VÃO QUERER ME PEGAR!
Peninha: Como assim, Marcolino? Você
é um cidadão livre agora, paga seus impostos e...Bem, na verdade não paga, mas
você entendeu o que eu quis dizer!
Marcus, desesperado: CLARO QUE NÃO,
PENINHA! EU SAI DA CADEIA GRAÇAS AQUELE ADVOGADO, MAS A POLÍCIA AINDA TÁ LOUCA
PRA ME PRENDER... SE ELES DESCOBRIREM QUEM EU SOU...VOU EM CANA DE NOVO!
Peninha lhe dá um tapa na cara:
NERVOSISMO NÃO VAI ADIANTAR NADA, MARCOLINO, TEMOS QUE PENSAR- O policial bate
no vidro da janela.
Marcus: Ai meu Deus...Não pode
ser...Fim de linha pra mim...
TERMINA O PILOTO( CAP 0).

Alexandra já chegou mandando matar. Eita.
ResponderExcluirE que ótimo gancho esse. Já esperando
ansiosamente o primeiro capítulo.
Gostei! Gosto do humor sutil que você coloca no texto, Victor.
ResponderExcluirGostei do Marcus também. Mas não sei se compro essa história dele de bandido por necessidade... Peninha também não deveria fazê-lo. Mas faz parte da dubiedade da personagem.
Agora vou pro capitulo oficial da estréia! Parabéns!