quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Elos- Capítulo 13.

Cena 01- Recife/ Mansão Vilalobos/ Int./ Escritório de Marcus/ Noite.

Andressa olha para Marcus: Você assassinou uma pessoa papai? Foi isso que acabei de ouvir?! Não consigo...Acreditar- Ela fica boquiaberta.

Alexandra trata de disfarçar: Claro que não, garota, você leva tudo ao pé da letra! Raciocina, eu tava usando metáfora, hipérbole, que seja! Tá achando que seu pai matou mesmo uma pessoa? Na hora da fúria, as palavras vêm... Eu exagerei!

Andressa engole em seco: Que susto, mãe, eu achei que...

Alexandra a interrompe: Você não tem que achar nada, Andressa! Já me expliquei, agora pode deixar eu continuar a conversa com seu pai? Que modos horrorosos esses seus! Interrompeu nosso diálogo e ainda interpretou tudo errado. Vai ser burra longe daqui, por favor!!

Marcus acaricia a filha: Ninguém aqui tá disposto a aturar sua rispidez, Alexandra! Andy, depois nós conversamos melhor...Faça suas malas, se anime, amanhã é dia de mudança- Ele a conduz até a porta do escritório.

Andressa, triste: Tudo bem, pai.

Alexandra pigarreia: Isso, vai mesmo! Todos vocês ainda vão se arrepender dessa escolha de morar no Monte Castelo Hotel- Ela diz, em tom de deboche- IDIOTAS!

Marcus fecha a porta: CHEGA! Você não tem direito de humilhar a Andressa. Não sei como consegue pronunciar palavras tão frias contra ela, sendo que você própria a colocou no mundo...É horrendo ver isso!

Alexandra ri: Cê preferia que eu contasse a verdade?- Ela circula pelo escritório- Não venha com frases de paizão pra cima de mim, nesse quesito você sempre foi mais ausente do que eu. Nunca buscou na escola, nem foi nas reuniões, não ensinou ela a andar de bicicleta...Resumindo: Você não fez nada nesses 17 anos de vida da coitada! Imagina se teu filho não tivesse sido raptado...Marcus, você teria sido um péssimo pai!

Marcus arremessa uma estátua na direção dela, que consegue se agachar.

Alexandra torce a boca: Se irritou, paizão?- Ela abre a porta- Eu vou deixar você conduzir a carroça por enquanto, mas uma hora ou outra, você vai precisar de mim! Tenho absoluta certeza! Você nunca teve autocontrole, e não é agora que vai ter...O Hotel vai te trazer responsabilidades, e é nessa hora que eu vou entrar. Pra calar sua boca. E mais uma vez: Cuidado comigo. Muito cuidado. Ou eu não terei piedade no futuro- Ela sai.

Marcus se senta, muito tenso com a discussão. Ele se lembra de quando descobriu do rapto de seu filho e acaba chorando em silêncio.

ELOS- CAPÍTULO 13.

Roteiro: Victor Morais.

Cena 02- Casa de Marcelina/ Int./ Cozinha/ Noite.

Marcelina arruma a mesa do jantar: Caio, desliga essa TV e vem comer!- Ela se senta- Jucy, cadê o Ricardo? Esse bico novo que ele foi fazer é no fim do mundo?

Ricardo abre a porta: Boa noite, gente de bem- Ele tira os sapatos- E aí, filhão? Como foi o passeio?

Caio boceja: Foi legal, eu tirei umas fotos. Pelo menos dessa vez não me perdi como no outro...

Jucy suspira: Estava olhando umas contas, e acho que esse mês vai ser apertado pra fechar. A escola do Caio aumentou a mensalidade, e ainda tem a festa de 9 anos que ele insiste em fazer...

Marcelina: O Caio merece uma festa, filha. Não se preocupe, eu ajudo vocês, a lavanderia está indo bem, posso dar mais dinheiro do que o habitual para que paguem tudo.

Ricardo vai se sentando: Já disse que é besteira colocar esse menino em escola particular. Não quero ele fresco e cheio de mimo.

Jucy o impede: Nem pense em comer antes de lavar as mãos- Ela pensa um pouco- Não é questão de mimo. O ensino é melhor.

Ricardo: Mas não vamos precisar da sua ajuda, dona Marcelina, eu vou conseguir um emprego fixo, podem anotar. Enquanto isso, vou fazendo meus bicos pra conseguirmos pagar tudo. Trabalho não me esmorece.

Marcelina come: Tudo bem, mas qualquer coisa estou aqui à disposição. Pra se um dia os bicos acabarem- Ela serve Caio- Coma toda a beterraba.

A campainha toca.

Marcelina se levanta: Jucy, desliga a TV- Ela abre a porta- Comadre Suspiro!- Ambas se cumprimentam- Chegou bem na hora! Vamos jantar?

Suspiro entra: Até parece que não me conhece, já jantei há horas- Ela sorri- Boa noite a todos vocês! Só vim aqui mesmo pedir emprestado aquele seu tempero caseiro pra eu usar numa carne experimental. Estou praticando minha culinária pra refiná-la. Afinal, logo vou reinaugurar a Suspirela e os hóspedes estão mais exigentes.

Ricardo, de boca cheia: Vai reinaugurar sua pensão depois de anos?

Na Suspirela...

Peninha chega: MAIS UM LINDO DIA DE TRABALHO!- Ela vai até a cozinha.

Dani está lá, cortando alguns legumes: Mais um dia de trabalho onde você não vendeu nada? Que bom que chegou, preciso que leve essa placa antiga da Suspirela para o porão. A nova vai chegar amanhã.

Peninha ri: Sua tia está mesmo disposta a investir nessa reinauguração, Dani! Eu continuo achando melhor que ela mude o nome da pensão para O Lar do Peninha e cia. Até Madonna viria se hospedar aqui! Eu sugiro essa mudança desde que moro aqui e deveria ser ouvido, já que sou o hóspede mais antigo.

Dani: Você não é hóspede, Peninha, e sim um agregado. Afinal, a pensão fechou há 10 anos e você continua aqui, sem pagar nada- Ela o olha- Tia Suspiro só está querendo reinaugurar a Suspirela por conta do tal Monte Castelo Hotel que vai abrir. Ela acha que os empregados desse hotel vão querer morar aqui por conta da proximidade entre os dois lugares.

Peninha se estressa: O Monte Castelo Hotel...Tomara que vá a falência! O dono dessa propriedade também poderia falir. Mas a punição dele ainda vai chegar...

Dani: Não sei por quê odeia tanto o Marcus Vilalobos, Peninha!

Peninha corrige: Marcolino Bandeirola é o nome desse bandido. E eu tenho meus motivos, Dani- Uma lágrima escorre de seu rosto.

Dani ri: Você tá chorando?

Peninha disfarça: É essa cebola aí que você tá cortando que fez efeito...

Dani: Mas isso é aipo.

Peninha grita: Faz o mesmo efeito em mim! Cebola, aipo...Deixa de falar bobagem e não se esqueça que amanhã minha sobrinha Ingrid vai chegar na pensão, busco ela a tarde na rodoviária. Ela vem de Feio Horizonte.

Dani coloca música para tocar no celular: Não te preocupas, Peninha, se você esquecer, eu te lembro! Ela será muito bem-vinda!

Cena 03- FEIO HORIZONTE/ Casa de Sula/ Int./ Sala/ Noite.

Munique dá um salto: É claro que eles podem ir comigo para Recife, dona Ellen, é a melhor opção diante da situação de vocês!

Wagner bebe chá: Eu já disse que não concordo com isso...Tem gente ruim em Recife, a Sulinha os conhece bem.

Luckas comenta: Tem gente ruim por todo lugar, seu Wagner. É o mundo! Até nas próprias famílias existem as ovelhas negras.

Ellen suspira: Vai ser difícil me desapegar de vocês três- Ela fica cabisbaixa- Mas acho que é necessário. Tá na hora dos três voarem...Mas eu fico.

Sula: Estou passando pela mesma situação, Ellen. Munique insiste em procurar os pais em Recife, mas agora me tranquilizo que ele terá companhia de gente conhecida. Amigos, pra falar a verdade. O que me resta é rezar para que a jornada dê certo.

Munique: Não se preocupe, dona Sula, nós vamos nos virar por lá!

Wagner olha em um relógio: Só tem um problema. O Nique comprou a passagem para daqui a pouco. Não vai dar tempo dos três arrumarem as malas e se despedirem em meia-hora!

Munique pensa: Vou na rodoviária agora mesmo, adiar a passagem para amanhã de manhã. Eles me disseram que tinha um ônibus saindo pela manhã que chegava em Recife à tardinha. Problema resolvido!- Ele pula de alegria- Quer vir comigo, Margot?

Margot sorri: E por que não?- Os dois saem.

Cena 04- DIA SEGUINTE/ Rodoviária de Feio Horizonte/ Dia.



Munique abraça Sula: Tchau, mãe. Se cuida, e cuida do papai!

Sula suspira: Eu digo o mesmo para você, Munique. Lembra das recomendações que eu te fiz...E boa sorte na sua jornada.

Wagner, chorando: Qualquer coisa lembra do canivetinho, Nique. Ele pode ser útil...Adeus, meu filho, não consigo falar palavras bonitas, mas saiba que lhe desejo tudo de bom. E nos telefone quando conseguir se instalar!

Sula: Ainda acho tudo isso muito precipitado e louco. Espero que você consiga se hospedar em algum lugar decente, pelo menos.

Munique sorri: Já disse que me viro, dona Gordênia- Ele zomba.

Sula, vermelha: Me recuso a ser chamada assim, filho- Eles riem- Foi por isso que escolhi o nome da minha grande ídola Sula Miranda para substituir esse outro horroroso. Imagina, mamãe me batizou prevendo que eu seria gorda.

Wagner, emocionado: Abraço coletivo da família- Os três se unem, compartilhando do carinho um do outro- Vou me desmanchar em lágrimas aqui.

Luckas, Margot e Bruno chegam.

Bruno cumprimenta o amigo: Estamos prontos para a viagem! Mamãe já se foi, falou que não suportava despedidas. Qualquer coisa que acontecer com ela, não deixem de nos informar, vocês tem nossos celulares! Dona Ellen sabe se cuidar mas...Mesmo assim eu temo por ela.

O motorista sobe no ônibus, juntamente aos passageiros, estes em fila. Munique coloca as malas no bagageiro e segue os três amigos. O jovem acena para Sula e Wagner, antes de subir de vez.

Munique se senta ao lado de Margot: Não sei se vai querer minha companhia com esse livro maravilhoso em mãos, mas para todo caso, estou aqui do seu lado- Ele faz a garota sorrir- Nervosa?

Margot: Um pouco, eu nunca tinha pensado em fazer essa viagem, ainda mais nessas circunstâncias, mas me sinto mais confortável quando lembro de quem serão meus companheiros de estrada. E estou falando das pessoas, não do livro- Eles trocam olhares.

Munique pega em sua mão: Tô muito ansioso pra encontrar a minha família. Sei que tenho grandes chances de me decepcionar, não sou iludido, mas, caso essa opção seja inevitável, eu volto para Feio Horizonte.

Margot sorri: Vai dar tudo certo, Munique. Sua família vai te receber muito bem. Não vai desprezar os seus amigos pobretões aqui quando conhecer eles- Ela brinca.

Munique fecha os olhos e imagina os vários tipos de encontro que pode vir a ter com seus familiares, desde os mais felizes, até os mais tristes.

O ônibus parte, enquanto os primeiros raios de sol surgem.

AS HORAS SE PASSAM...


Cena 05- RECIFE/ Ext./ Dia.

Um cartaz sobre o Monte Castelo Hotel é colado em vários pontos de Recife, a mesma mensagem havia sido compartilhada via outros modos, como grupos de mensagem ou banners. Dessa vez enfatizava-se a busca de empregados: Haviam vagas de recepcionista, camareiro, bagageiro, entre outros empregos do ramo. Exigia-se pouca experiência e uma idade média de 18 a 30 anos, considerada como “ satisfatória” para o preenchimento do time de empregados que a propriedade submarina teria.

Cena 06- Haras dos Campestrini Ferrari/ Int./ Sala de estar/ Dia.

Bárbara chega, apressada, ela vê Miguel através da janela, o mesmo está cuidando de um dos novos cavalos. Através de gestos, ela chama o esposo.

Miguel surge, todo suado: Precisando de alguma coisa, meu bem?

Bárbara coloca os brincos: Nem precisa entrar e empestear a sala com esse cheiro de cavalo. Só te chamei pra avisar que vou sair com Alexandra, ela me chamou pra um cafezinho. Dava pra notar pelo tom da voz dela que teve problemas com Marcus...E nessas horas, a psicóloga sem diploma aqui sempre vem a calhar com seus conselhos.

Miguel brinca: Sorte que nosso casamento é mais do que perfeito, não é?- Ele avalia a sala- Estamos precisando de uma reforma no haras, o que acha?

Bárbara ri: Você não tem o que fazer mesmo, Miguel. Está tudo irretocável no haras, fizemos uma reforma há seis meses. Se preocupe só com seus potrinhos por hora, e deixe as paredes como estão.

Fábio entra: Com licença, senhores. Lembram-se que eu disse que minha neta Thayanne estava de chegada? Pois bem, ela chegará hoje à tarde.

Miguel: Você tinha me dito, Fábio, mas acabei esquecendo! Já lhe dei permissão para hospedá-la aqui. Sua sobrinha é formada, certo?

Fábio afirma: Ela é bióloga, senhor, muito estudiosa, estava fazendo uma pesquisa importante em uma cidadezinha chamada Feio Horizonte e agora precisa conclui-la aqui.

Miguel cai no riso: Feio Horizonte? Eu amo a nomenclatura das cidades brasileiras, fica em Minas também?

Fábio dá uma leve risada: Sim, senhor. Parece que tem esse nome por que é a cidade com gente mais feia do Brasil. Mas como minha sobrinha não é natural de lá, não tenho essa preocupação!

Bárbara escuta uma buzina: Alê chegou! Fábio, se eu tiver voltado até a hora de você buscar Thayanne, vou contigo para a rodoviária. Lembro quando ia para lá toda manhã, em busca de inspiração para escrever meus livros. Bons tempos...De qualquer modo, me chame!- Ela sai.

No carro...

Alexandra acelera: Ele tá fazendo isso pra me provocar, pra tentar se vingar de mim, Bárbara. Agora inventou a história de se mudar para o hotel com um pretexto de que estava inseguro...Pelo amor de Deus, o Marcus está cada dia mais insuportável.

Bárbara coloca o cinto: É uma fase dele, querida. A inauguração do Monte Castelo deve estar mexendo com o emocional do Marcus. E ele desconta tudo em você! Daqui a uns dias, quando o negócio se firmar, ele fica feliz igual passarinho de novo.

Alexandra morde o lábio: Essa justificativa seria viável, mas nesse caso não. Marcus está assim há mais tempo, sempre aparentando insatisfação, não janta mais com a família, nem se dá ao trabalho de dizer um boa noite... Está tentando fazer isso pra se ver livre de mim, já ouvi murmúrios dele com Guga se reclamando do casamento.

Bárbara avalia: Melhor então vocês romperem de vez. Sofrer seria tolice.

Alexandra ri: Você ainda não captou o que quero dizer, Bárbara. Ele quer se livrar de mim, mas não do meu dinheiro. Afinal, o Monte Castelo Hotel foi feito com meu patrimônio, e Marcus só é esse homem poderoso por conta de mim também...A esse ponto, eu não vou admitir ser tratada com desprezo. Ele está sendo perverso comigo para tentar me torturar. Mas eu não cedo.

Bárbara: Eu tenho medo das suas frases, Alê. Será que isso tudo não é neura sua? A rede de hotéis é sua, o dinheiro é seu...Pra quê ele iria querer se livrar de tudo isso? Será que tem outra mulher na jogada?

Alexandra: Não, já chequei no celular dele uma vez. Marcus faz isso por puro capricho mesmo! Acho que ele quer me ver louca pra se apoderar de tudo. Felizmente tenho muita consciência.

Bárbara olha pela janela: De todo modo, onde estamos indo?

Alexandra ri: Eu vou dar uma entrevista e quero que presencie. E que fique atenta nas minhas respostas...Marcus vai perceber que não estou de brincadeira.

Ela estaciona o carro em frente a uma pequena produtora independente. As duas saem do carro, pouco depois, estão em uma pequena saleta, na qual Alê seria entrevistada. A apresentadora se preparava, juntamente com o câmera. Bárbara fica sentada no mesmo recinto. Em menos de dez minutos, a entrevista começa. Chegamos ao ponto importante.

Louise: O jornal Papelíticos publicou uma matéria afirmando que o Monte Castelo Hotel, que é praticamente o tópico da semana no Brasil inteiro, seria um local inseguro para se instalar. Como você e seu marido reagiram com a notícia? Consideram as palavras verídicas?

Alexandra pensa um pouco: Olha, Louise, eu estaria mentindo se dissesse que não considero o Monte Castelo inseguro. Na verdade, Marcus inventou de se mudar para lá, mas eu ainda tenho muito receio. Medo que o Hotel afunde ou coisa do tipo...Eu não considero ele 100% seguro.

Bárbara fica impressionada: Não acredito que ela falou isso...Alexandra é louca- Ela balança a cabeça negativamente.

Cena 07- Suspirela/ Ext./ Dia.

Suspiro avalia a nova faixada da pensão: Linda, atrativa, perfeita!- Peninha aparece- Não é mesmo, compadre? Vai atrair todos os trabalhadores do Monte Castelo Hotel pra cá. Os tempos áureos voltarão.

Peninha rejeita: Se eu fosse você, não iria querer depender desse hotel mixurú pra ter novos hóspedes. Na verdade, eu não quero ter mais nenhum elo com o Marcolino e seus negócios sujos. Aliás, é Marcus agora. Marcus Vilalixo!

Suspiro: Você sabe que eu não quero nenhum elo com ele, mas não posso deixar passar essa oportunidade em branco, compadre. Até você vai lucrar com isso!

Peninha se dirige ao carro: Eu nunca soube o que é lucro na minha vida, comadre, e nem felicidade. Depois que meu rei Reginaldo Rossi se foi, eu só vivo de tristeza e lamúria diariamente- Ele abre a porta- Felizmente, minha sobrinha Ingrid, filha de meu falecido irmão Belzebito, está chegando para tentar arrancar algum sorriso desse meu rosto.

Rennê abre a porta: Vamos Saskia, a praia nos aguarda. Deixe Alencar mofando aí. Ele vai criar ramificações nesse sofá.

Peninha sorri: OLÁ VIZINHO!- Ele o abraça- Comadre, esse é Rennê, sobrinho do falecido Meton Grana! Essa é a dona da Suspirela, a Suspiro.

Rennê beija a mão dela: É um prazer.

Suspiro sorri: O prazer é todo meu, ainda mais porquê você não tem aliança no dedo- Ela o olha.

Saskia surge, com chapéu e uma tanga: Bom dia a todos! Já nos conhecemos- Ele fecha a porta- Mas esqueci de me apresentar. Me chamo Saskia, prazer, sou cunhada de Rennê- Ela cumprimenta Peninha e Suspiro.

Suspiro: Estão indo à praia? Está um lindo dia, vocês irão adorar. Aliás, para se entrosarem mais, que tal virem jantar essa noite na Suspirela?

Rennê: Eu iria adorar! Que tal, Saskia?

Saskia, contente: Amei a ideia, estamos mesmo precisando conhecer gente nova, ficar só na casa do finado não vai ajudar em nada!

Suspiro: Combinado então, espero vocês dois e seu marido também, Saskia!

Saskia entra no carro: Até de noite então. Vamos Rennê, antes que o sol fique quente demais- Ele o faz, e a mulher acelera.

Peninha pisca: E eu vou rumo ao pão de cada dia! Que foi aquele galanteio para Rennê, comadre? Querendo desencalhar nessa altura?

Suspiro: Se fosse isso, qual o problema? Mas nem é. Estou pensando que Rennê pode ser um bom partido para Dani. Afinal...Não quero que ela fique como eu, “ pra titia”- Ela entra na pensão.

Cena 08- Estradas do Brasil/ Int. do ônibus/ TARDE.

Munique desperta de um breve sono. Margot está olhando ele.

Munique: O que foi? Eu babei?

Margot ri: Não, seu bobo, é que já estamos praticamente em Recife. Bem, em Pernambuco nós já adentramos, eu conheço as terras, por conta dos livros. Seu sonho está cada vez mais próximo! Yey!

Munique: Por isso é bom viajar com uma pessoa culta! Aposto que conhece mais do mundo do que uns que se dizem viajados. Tenho sorte de ter você ao meu lado- Ele fica vermelho ao pronunciar as palavras.

Luckas, na cadeira de trás: Olha só, ele nem disfarça mais...Pelo um lado é bom, Bruno, se Munique for mesmo filho de um rico, a união com Margot poderá ser benéfica pra gente. Popularmente falando: Vamo enriquecê!

Bruno: Você sempre olha pela parte financeira, não é?- Ele observa o casal- Esses dois sempre se gostaram, mas agora que estão na flor da idade, o sentimento está desabrochando. Gosto do Munique, ele é uma boa opção pra nossa irmã.

De repente, o ônibus para.

Bruno continua a fala: Fora que eu amo minha irmã, e quero ver ela muito feliz.

Luckas debocha: Nossa, esse diálogo me deixou até mais adocicado- Ele se levanta- Porquê essa joça parou?

Mal ele completa a pergunta e a porta do ônibus se abre, um grande movimento se forma nas fileiras da frente. Nossos personagens estavam mais para o final, nos únicos acentos restantes quando Munique fora adiar a passagem. Gritos na frente. Munique estranha e se levanta, tem então uma pavorosa visão.

O ônibus estava sendo assaltado.


TERMINA O CAPÍTULO 13.
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6 comentários:

  1. Tadinha da Andressa. Não merecia ter os pais que tem... Até Marcus que a defende, o que é pior, que acaba iludindo a garota. Acho que ela devia rumar a Suspirela também.
    Romance entre Munique e Margot... Faço um apelo ao gentleman João, que chegue logo.
    Talvez possa morar com os outros na pensão, também. Mas com esse tanto de gente, ela deve lotar... Se eles se livrarem do assalto, claro. Mas torço que consigam, sim.

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    1. Pois é :( Mas ela não pôde escolher os pais. Se eu fosse ela, também já teria rumado outro lugar.
      O gentleman ainda vai demorar um pouquinho. Segura aí!
      A Suspirela comporta muita gente, não se preocupe. Qualquer coisa o Peninha dorme no sofá haha
      Do assalto todos vão se livrar...Ou quase todos.
      Obrigado por comentar, João!

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  2. Amei Maroon 5 na trilha sonora!
    Quem tem uma mãe como a Alexandra, não precisa de inimigos né?!
    Margot e Munique... Devo shippar? Hahahah
    Esses personagens novos parecem ter boas tramas e alguns são bem animados... Peninha continua com seu humor.

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    1. Logo postarei as trilhas completas e espero que goste!
      Exato, não reclamem nunca de suas mães, lembrem-se de Andressa e Alê.
      Você pode shippar eles, ou não. Fica a seu critério haha
      As tramas dos personagens se desenvolvem mais pra frente, mas são boas sim! Garanto! Peninha tem que ser bem humorado! Depressão 0 com ele.
      Obrigado por comentar, Pedro!

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  3. Que pais que a Andressa foi arrumar, hein??! Que horror. Essa Alexandra me surpreende cada dia mais com suas vilanias. Senti um clima entre Munique e Margot... Será que vai rolar? :O
    Eita que agora deu ruim. Vamos acompanhar para saber qual será a reação dos três dentro do ônibus. Que não aconteça nada de ruim. Ótimo capítulo!

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    1. Pois é, Gabriel. Belos pais. Alexandra ainda vai aprontar tanto que tu ficará bobo!
      Será que rola Munigot? Vamos esperar!
      A sequência do assalto vai continuar no próximo capítulo, e vem aí muita tensão! Obrigado por comentar, Gabriel!!

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