CAPÍTULO 07
Cena 1. Rio de Janeiro - Gávea / Revista Luz / Manhã
Continuação imediata da cena
anterior.
As duas se unem, mas Alice cai na história de Célia, sem saber sua real intenção. Uma grande guerra se formou.
PENSAMENTO DE PETRÔNIO
Petrônio chega na revista e consegue parar Alice. A mulher vira-se e olha apaixonada para Petrônio. Os dois se aproximam calmamente e o olhar de Petrônio é de puro desejo.
Petrônio apaixonado: Eu te amo mais que tudo!
VOLTA A CENA
O pensamento de Petrônio se aproximando de Alice se mescla na cena e o homem olha as mãos das duas unidas e em seguida desvia o olhar para Alice, apaixonado. Foca na mão das duas, que estão unidas.
Uma
lágrima escorre do rosto de marta. Adriana se emociona. Foca na imagem de
Adriana, chorando.
Célia pensando: Começou minha
vingança!. – ela sorri.
Pouco depois, Célia e Petrônio
saem. Na saída...
Petrônio para Célia: Está tudo
certo. Agora nada pode dá errado.
Célia sorri: Calma. Mal sabe ela
que daqui pra frente à vida dela irá se transformar em um inferno. – ela ri maleficamente.
Na sala de Alice...
Alice está sentada na sua mesa,
pensativa. As palavras de Petrônio ecoam a mente de Alice.
Alice abre a gaveta: Clarice,
Clarice. Se você pensa que irá me destruir. – ela pega uma arma e a olha. –
Você está muito enganada. Eu acabo com você antes. – ela simula um tiro e ri.
Cena 2. Rio de Janeiro - Catete / Apt. da Branca / Manhã
Adriana e Fernanda entram no carro.
Adriana está tensa.
Fernanda pega na mão da prima:
Preparada?
Adriana cabisbaixa: Nenhum pouco. –
ela ergue a cabeça. – Eu não sei se estou preparada para rever o meu passado
depois de anos.
Fernanda: Você sabe pelo menos o
nome da menina?
Adriana triste: Não. Desde que eu
vim de Nova York pra cá eu não tive mais contato nenhum com a minha mãe.
Fernanda liga o carro: 21 anos
atrás... Será que você consegue perceber quanto tempo você ficou sem sentir um
carinho de mãe, sem sentir o afago dela? Os beijos carinhosos...
Adriana: É claro que consigo. Você
acha que eu me sinto bem? Eu nem sei se ela vai me reconhecer depois de tantos
anos.
Fernanda: Eu tenho certeza que ela
ainda consegue se lembrar do teu calor. Você precisa enfrentar a realidade,
enfrentar o mundo e sair desse buraco obscuro que você se enfiou durante anos.
O mundo precisa te conhecer. Você precisa se conhecer. Vai se esconder até
quando?
Adriana: Eu ia me esconder até onde
desse. Mas parece que o tempo foi meu maior inimigo e fez de refém de mais uma
das suas maldades.
Fernanda estranha: Você chama um
carinho, uma reconciliação de maldade?
Adriana com a voz embargada: E você
sabe se ela vai me perdoar?! Se vai ter a reconciliação?
Fernanda: É melhor tentar. A vida é
uma caixinha de surpresas. Vamos? – ela sorri.
Paralelo à
cena...
Marta está deitada. Stacy entra.
Stacy sorrindo: Está melhor?
Marta se ajeita: Estou levando como
posso. Já estou medicada.
Stacy: Que bom. O médico disse que
em breve você poderá ir para casa. Ele falou que seu quadro tem melhorado.
Na sala do
médico...
Matheus pega os exames: O caso dela
está se agravando aos poucos. Se continuar assim, teremos que colocar ela em
coma. – ele diz para os enfermeiros.
No quarto de
Marta...
Marta radiante: É muito bom saber
dessa notícia.
Stacy: Por falar em notícia. Você
queria me contar algo, mas a enfermeira pediu que eu me retirasse. Ela iria te
aplicar o remédio. E então, o que era?
Marta: Eu vou ser bem direta para
não perder a coragem. Sua mãe não morreu no parto como eu disse. – Stacy
estranha. – Sua mãe está viva!
Stacy fica perplexa. As duas se
encaram.
Cena 3. Rio de Janeiro - Urca / Motel Pinguaça / Manhã
Vanessa surpresa: Você só pode
estar de brincadeira. Nunca que eu vou me aproximar da Eliane. Eu nem saberia
como começar.
Tiago agarra a jovem: Vai saber
sim. Você só precisa se fazer de amiga. A idiota cai em qualquer história. Ela
é carente, qualquer amizade pra ela é verdadeira.
Vanessa se solta: Como você
consegue ser tão cruel com uma pessoa?
Tiago: Não me culpa sozinho.
Afinal, eu não consigo trair sozinho.
Vanessa: Por isso que todo mundo te
chama de babaca.
Tiago se aproxima: Babaca, mas eu
penso. Raciocina comigo: Se você se aproximar da Eliane e se um dia ela começar
a desconfiar das traições, você seria a última pessoa que ela iria desconfiar.
Vanessa se senta: Você acha mesmo
que vai segurar essa traição por muito tempo?
Tiago aperta a bochecha de Vanessa:
Se a gente tomar cuidado, sim... – ele a beija.
Cena 4. Rio de Janeiro - Vidigal / Sobrado da Gisele / Manhã
Gisele termina de escrever a carta.
Gisele se levanta: A carta está
pronta.
Luíza pega a carta: O que está
escrito nela?
Gisele: Se eu deixei lacrada, não é
para você lê. Eu quero que a Alice seja a primeira pessoa a abrir essa carta.
Luíza coloca um salto: Eu ainda
acho palhaçada essa sua história de vingança. Você nunca me disse o que você
quer com a Alice, aliás, nunca me disse como conheceu essa mulher.
Gisele: Qual a necessidade de ficar
perguntando isso? Na hora certa você vai saber. E essa hora está chegando.
Agora vai, dê um jeito de colocar essa carta sem que ela saiba. Anda logo.
Luíza pega a bolsa: Eu ainda vou
descobrir o motivo de você querer se vingar. E vou descobrir de onde você
conhece essa mulher.
Luíza sai toda desconfiada. Gisele
se senta.
Gisele sorri: Em breve estaremos
longe dessa favela horrível. A Alice destruiu a minha vida, me fez parar nessa
favela. Mas eu vou me reerguer. Ah vou.
Cena 5. Rio de Janeiro - Laranjeiras / Hospital Santo André / Manhã
Sheyla e Stênio chegam ao hospital.
Eles vão até a sala de Mateus.
Mateus guarda um bloco de
anotações: Stênio! – ele sorri e o cumprimenta. – Quanto tempo meu amigo.
Senta. Está tudo bem?
Sheyla ri: Se ele estivesse bem não
estaria aqui.
Stênio sem graça: Sheyla, não seja
tão inconveniente. – ele olha para Mateus. – Mas eu não estou nada bem. Eu ando
sentindo muitas dores de cabeça. E elas são fortes.
Mateus: Você devia ter me procurado
com antecedência, Stênio. Eu sou amigo da sua família de longa data. Seu pai
morreu de AVC e com isso não se brinca.
Stênio: Eu sei, mas você sabe que
eu detesto hospital, exames e afins. Eu achei que alguns remédios iriam
resolver meus problemas. Mas só piorou depois dos medicamentos minhas dores se
tornaram mais fortes.
Mateus: Além das dores fortes,
quais são os outros sintomas?
Stênio: Olha, eu não estou
lembrando. Você lembra amor?
Sheyla ri: Você me listou tudo
ontem Stênio. Mas enfim, ele anda bem fraco. Está tendo problemas para
identificar algumas cores e para ouvir também. Principalmente na audição. E já
é a segunda vez que ele se esquece das coisas. Mas ele é tão saudável, eu
fiquei confusa com esses sintomas.
Mateus: Eu já posso imaginar o que
seja, mas vou te pedir uns exames ainda hoje. Quero ter certeza.
Pouco depois...
Stênio chega à sala de Mateus, com
Sheyla. A enfermeira traz os exames. Mateus pega e se senta.
Stênio: E então Mateus, o meu caso
é sério?
Mateus: Eu estava certo. Você está
com um tumor cardíaco, Stênio. O tamanho dele é bem grande e eu não vou mentir
pra você. Seu tempo de vida é pouco! – ele é direto.
Stênio se choca. Sheyla se
interessa, sabendo que poderá tirar aproveito de toda a história, mas não
demonstra.
Cena 6. Rio de Janeiro – Cidade Universitária / UFRJ / Manhã
Gustavo chega na sala da
biblioteca. Amanda está lendo um livro.
Gustavo senta de frente para
Amanda: Não sabia que você ia cursar advocacia.
Amanda sorri: Oi! – ela fecha o
livro. – Você não é aquele menino que eu esbarrei na portaria?
Gustavo se ajeita: O próprio. Veio
resolver algum problema cedo?
Amanda: Sim. Vim pegar uns livros e
alterar meu horário do curso. Não vou continuar à noite, só de manhã. Amanhã já
começo. E você?
Gustavo sorri: Eu venho de manhã
quando posso para ficar lendo alguns livros. Eu me interesso por história. Deve
ser sua matéria preferida. O livro fala sobre a Guerra dos Cem Anos. – ele ri.
Amanda olha a capa do livro: É sim.
Eu me interesso bastante. Mas gosto de filosofia. Entender essa ligação entre o
homem e as diversas formas de pensamento é interessante.
Gustavo: Mas você disse que ia
trocar o horário do curso. Você conseguiu vaga?
Amanda sorri: Sim, parece que tem
uma sala que está vazia, com poucos alunos. Eu pedi uma vaga e eles me deram. À
noite fica complicado.
Gustavo fica sério, pensativo.
Pouco depois... Na secretária...
Gustavo sorrindo, tirando uns documentos do bolso: Bom dia. Eu
gostaria de trocar o horário do meu curso...
Cena 7. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Branca / Manhã
Branca está lendo uma revista. Tóta
chega.
Tóta sorrindo: Amor! – ele abre um
sorriso.
Branca radiante: Tóta, meu querido.
Os dois se cumprimentam com um
beijo.
Tóta coloca as malas no canto: Que
viagem cansativa. – ele se senta. – Cadê a Nanda?
Branca: Foi pro hospital.
Tóta se assusta: Aconteceu alguma
coisa com ela?
Branca: Não com ela. Com a Marta.
Tóta: Sua irmã?! – ele se assusta.
Branca: A própria. Ela está com um
tumor cardíaco. Mas a Nanda não foi visitar ela.
Tóta ainda estranha: Como não?! O
que ela foi fazer no hospital?
Branca sorri: Ela foi levar a
Adriana. A Adriana resolveu tentar uma reconciliação com a Marta.
Tóta se levanta: Ainda bem. Mas o
caso da Marta é sério?
Branca se aproxima de Tóta: Me leva
até a minha irmã, por favor. Eu não posso a deixar partir sem ao menos me
despedir.
Tóta abraça a mulher, que chora.
Cena 8. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Manhã
Jordan está na sala de Tiago. Os
dois conversam.
Tiago sorri: Fico feliz por ter
voltado. Você é o único que consegue fazer uma festa digna para nossa revista.
Jordan ri: Que isso meu amigo. Mas
existem tantos outros festeiros por aqui. Não entendo o motivo de você me
procurar sempre.
Tiago: Assim você me chateia. Você
é meu amigo de muito tempo, eu confio em você. Sua empresa é a melhor da
cidade.
Jordan pega uma revista: Eu conheci
um rapaz – ele começa a folhear a revista – também festeiro. Mas ele ainda não
tem uma empresa, só trabalha em casa. Leandro o nome dele. Estou pensando em
fazer parceria.
Tiago pega a revista de Jordan: Me
dê atenção. – Jordan ri. – Ele é um bom festeiro?
Jordan: Ótimo. Eu vi algumas festas
que ele fez, ele me mostrou as fotos lá em Londres, ficaram ótimas. Mas os
recursos que ele tem são poucos. Talvez eu possa ajudá-lo bastante. Aliás,
estou pensando em convidá-lo para a festa. Tem algum convite sobrando?
Na portaria...
Luíza consegue pular o muro. Ela
passa por trás da revista, para não ser percebida pelos seguranças. Ela vai até
a sala de Alice e coloca a carta na mesa. Ela sai de fininho.
No corredor...
Luíza vai saindo. Tiago sai de sua
sala apressado. Ele flagra a garota.
Tiago estranha: Ô garota! – Luíza
para e se vira rapidamente. – Quem é você?
Luíza fica sem reação.
Cena 9. Rio de Janeiro - Laranjeiras / Hospital Santo André / Manhã
Quarto da
Marta...
Adriana vai até o corredor dos
quartos. Ela já está com a carteirinha de visitante. Fernanda também. De longe,
elas observam Stacy que está sentada.
Fernanda empurra Adriana: Vamos
você chegou até aqui, não pode desistir.
Adriana recua: Eu não sei se vou
conseguir encarar tudo isso de novo. É algo novo. Eu não sei se consigo Nanda.
Fernanda: Você consegue sim. Você
devia saber que isso uma hora ia acontecer. Chegou a hora. Vamos! – Stacy pega
a bolsa e sai. – Aproveita que ela saiu e vamos.
Fernanda e Adriana caminham até a
sala de Marta. Fernanda se senta.
Adriana estranha: Você não vem
comigo?
Fernanda a empurra: É o seu momento. Vai!
Adriana entra e vê o estado de
Marta, que descansa. Ela se emociona e se aproxima de Marta. Adriana começa a
chorar. No instante, ela segura a mão de Marta.
Marta de olhos fechados: Filha! –
ela sussurra.
Fim do Capítulo 7!


Que bom que Adriana criou coragem para falar com Marta, creio que ela seja a mãe de Stacy!
ResponderExcluirLuíza está se arriscando muito por conta da vingança da mãe, isso pode trazer problemas para ambas!
E temos outro personagem doente: Stenio! Sheyla ficou TÃO COMOVIDA né? Oportunista, reconheço de longe.
E está nascendo um amor entre Gustavo e Amanda? Já temos nome para o casal?
Será que Marta e Stacy vão se acertar finalmente?! Sim, Gisele desconhece a palavra limites e está arriscando a própria filha. Vamos vê onde isso vai parar. Pois é, comovidíssma, quase convenceu! Com essa informação, será que ela vai começar a tirar a proveito? Ela pode se transformar numa mulher cruel!! Guanda (?) Hahahaha. Obrigado por comentar, Victor!!!
ExcluirNão queria dizer, mas torço pela morte da Marta. Acho que superá-la pode unir Adriana e Stacy novamente, superando qualquer trauma do passado.
ResponderExcluirMas além da avó, Stacy devia se preocupar com o namorado. Ele está aproveitando a preocupação da garota com o estado de Marta, pra investir na relação com Amanda...
Também quero saber o que tem na carta. Acho que Luiza devia ter lido pra gente.
Será que superaria? Stacy passou anos acreditando que sua mãe havia morrido e agora tudo mudo... Será que ela seria capaz de perdoar, superar tudo e começar do zero? Vamos acompanhar... Amanda por enquanto será uma pedra no caminho de Stacy e a garota realmente vai conhecer o sofrimento. Em breve você saberá! Hahaha
ExcluirObrigado por comentar, João!!