CAPÍTULO 17
Cena 1. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia
Continuação
imediata da cena anterior.
Kiara volta: Você me chamou de quê?
Alice sorri: Ah você não entendeu?
Sem problemas. Eu repito. Te chamei de VADIA!
Kiara surta: ORDINÁRIA! – e dá um
tapa na cara de Alice.
Simone sai da sala e vê toda a
cena. Clarice se desespera. Alice se recupera do tapa. Alice e Kiara se
encaram. Foca nas duas, frente a frente se encarando.
Alice rebate o tapa: VAGABUNDA!
Kiara se recupera do tapa e quando
vai revidar, Clarice segura o braço dela.
Simone intervém: ALGUÉM PODE ME
EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?
Kiara se acalma: Me desculpa
delegada. Eu que perdi a cabeça e parti pra cima dessa cachorra. Eu vim pra
conversar a respeito dos marginais que me atacaram na praia. Você disse tinha
novidade do caso.
Simone séria: Isso mesmo. Me espere
na minha sala. – ela olha pra Clarice. – E você? Está fazendo o que aqui?
Clarice séria: Eu sou irmã da
Kiara.
Simone sem entender: Irmã?! – ela
se assusta. – Essa história é pior do que eu imaginava. Me espera na minha
sala. – Clarice sai. Ela olha para Barros. – Pode levar a Alice pra sala dela.
Coloca a algema novamente e leva.
Barros algema Alice e a leva.
Simone vai até a sua sala.
Na sala de Simone...
Simone se senta: Então vocês duas
são irmãs. Que história mais confusa. Bom. – ela pega a ficha de Kiara. –
Kiara, né? – a mulher faz que sim. – A gente tem duas fotos aqui dos suspeitos
que tentou te atacar. Os policias que foram até lá conseguiram identificar os
dois através de uma câmera de segurança. Eu só preciso que você confirme se
realmente são esses dois homens que tentou te atacar.
Kiara pega as fotos: São eles. Eles
estavam na praia, junto comigo. Ficaram jogando charme e eu recuava. – ela
mente. – Eles perceberam que não teriam chances comigo e vieram me abordar. Eu
no começo achei que fosse assalto, mas eles deixaram claro que não queria nada
meu, queriam eu.
Simone pega as fotos de volta: A
gente vai tomar as providências e prender esses homens. – ela desvia o olhar
para Clarice. – Agora com você. Você deve ter visto que a Alice foi presa. A
investigação continuou. Só que ela contou uma história. Na verdade o mordomo
também contou a mesma história. E eu quero saber de você: o que foi que
aconteceu naquele apartamento?
Clarice e Kiara se entreolham:
Claro que eles contariam a mesma história. Eles são confidentes. Eu e a Alice
nunca nos demos bem, história do passado. Sabe? Eu desconfio que ela tenha
matado o meu primo. – ela sussurra. – E ela armou pra minha filha conhecer o
filho dela. Ela sempre teve inveja de mim, é obcecada por mim. E eu descobri
que ela é a mãe do Luigi, o atual namorado da minha filha. Eu fui até a casa
dela.
FLASHBACK /
ALGUNS DIAS ATRÁS
Clarice narrando: Quando eu cheguei lá eu estava bem atordoada com tudo.
Aquela mulher de 30 anos atrás querendo entrar na minha família novamente. Eu
cheguei bem apressada. O porteiro estava dormindo, então eu consegui subir sem
que ele percebesse. Até que eu cheguei lá no apartamento.
Na portaria, Clarice desce do carro
apressada e entra no prédio. O porteiro dorme e ela passa direto.
FIM
Simone anotando tudo: E quando você
chegou lá? Tinha alguma coisa estranha?
FLASHBACK /
ALGUNS DIAS ATRÁS
Clarice chega ao apartamento e vê
duas pessoas. Essas pessoas Célia e Petrônio, mas ela não reconhece os dois.
Clarice narrando: Quando eu cheguei ao apartamento tinha mais duas
pessoas, além da Alice e do mordomo. Era um homem e uma mulher.
Ela vai até o centro da sala. Lá
ela vê Alice caída, segurando Sérgio e a arma. Ela pega o celular e tira
algumas fotos.
Clarice narrando: E quando eu cheguei até a sala o Sérgio, o mordomo, já
tinha levado o tiro. E eu tenho certeza que foi por ela. Ela segurava a arma e
ao mesmo tempo o segurava. Ela chorava e eu consegui tirar essas fotos sem que
ela percebesse.
FIM
Simone guarda o bloco: O seu
depoimento ajudou muito. Mas ainda falta o depoimento dela. A gente vai
interligar tudo o que foi dito pelas pessoas. Quem atirou no mordomo cometeu um
crime. Tentativa de homicídio doloso. Isso é crime. Além do porte ilegal de
armas. O que está complicando ainda mais. A arma usada no local está registra
no nome de Nelson Etô. Mas no nosso sistema de pessoas que tem o porte legal de
armas não tem ninguém com esse nome. A pessoa usou documentos falsos na hora de
ganhar o porte legal de armas. E quem fez o cadastro, não percebeu isso.
Kiara assustada: Meu Deus essa
história vai além de tudo. Vocês não tem ideia de quem seja esse tal Nelson
Etô?
Simone séria: Ainda não temos
nenhuma informação. Mas essa arma é dele. Nelson Etô. E esse mesmo bandido tem
o porte ilegal de armas, mesmo usando a arma. E isso é crime!
Kiara e Clarice se entreolham.
Cena 2. Rio de Janeiro – Vidigal / Sobrado da Gisele /
Dia
Ferraz nervoso: Abaixa essa arma
Gisele. Isso é arriscado. A gente pode acabar se machucando!
Gisele sorri: Eu avisei Ferraz. –
ela abaixa a arma e guarda. – Você não suporta jogos perigosos. Você só suporta
jogos calmos, que façam parte da sua maresia de desejos e dos seus maiores
impulsos; da sua incapacidade de conseguir ser sincero. Você não é homem pra
mim. Eu gosto de homem atirado, homem que enfrenta tudo e que não fica nervoso
diante de uma arma implorando que ela seja abaixada. Tsc, tsc, tsc. Acha mesmo
que eu mereço te dá uma chance de se aproximar de mim?
Ferraz furioso: VOCÊ FEZ ESSA
PALHAÇADA TODA AQUI PRA SABER SE EU MEREÇO OU NÃO UMA APROXIMAÇÃO?
Gisele: ABAXA O TOM! – ela grita. –
Você realmente não tem cacife de homem. Até eu sou mais macho do que você! –
ela ri. – Faz assim: vai pra casa e vira homem de verdade, depois volta e a
gente conversa.
Ela abre a porta.
Ferraz chega e agarra a mulher: Eu
posso ser muito melhor em outro lugar. – ele se aproxima do ouvido da mulher e
sussurra – Na cama!
Gisele gargalha: Será que você
ainda consegue? Não sei se você está merecendo essa chance.
Ferraz sorri: Eu posso te mostrar
quem eu sou de verdade. E você tira suas próprias conclusões.
Gisele fecha a porta com os pés e
se entrega para Ferraz. Os dois vão para o quarto se beijando. Ferraz calmamente tira aos poucos a roupa de Gisele.
Eles sorriem entre os beijos. Pela primeira Ferraz se monstra carinhoso.
Cena 3. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Dia
Igor chega em casa apressado e vai
direto para o quarto. No quarto, ele joga a mochila que estava com a roupa
dentro do guarda-roupa. Igor se escora na parede e começa a chorar.
Igor chorando: O que foi que eu
fiz? – ele começa a se socar. – IDIOTAAAAAAAAA. O QUE FOI QUE EU FIZ! – ela
chora ainda mais até cair no chão. – Eu não aguento mais isso. Eu não aguento
mais.
Foca na imagem de Igor chorando.
Na sala...
A campainha toca freneticamente.
Na cozinha...
Paloma e Júlia estão sentadas à
mesa. As duas riem bastante.
Júlia escuta a campainha frenética:
O que é isso? Será que agarraram o dedo na campainha?
Corte descontínuo. Na sala...
Júlia abre a porta. Luigi entra
apressado, tenso.
Júlia fecha a porta: Luigi! Que
cara essa? Aconteceu alguma coisa? Você saiu pra conversar com o/ – ela é
interrompida por um abraçado repentino, sem reação, ela para de falar.
Luigi trêmulo: Um louco. – No
instante, Paloma se esconde atrás da pilastra. – Um vagabundo tentou me acertar
com uma barra de ferro. – ele se afasta. – Eu estava parado conversando com o
Stênio e um louco tentou nos atacar.
Júlia assustada: Meu Deus! Que
absurdo. Vocês não conseguiram nem vê o rosto do homem?
Luigi se senta: Não. Ele estava
todo encapuzado. Não dava pra vê nada do homem. – ele tira o tecido do bolso. –
Mas eu consegui isso. É um pedaço da roupa dele. Estava no chão, eu peguei e
guardei. Mas vou jogar fora, isso não vai me ajudar em nada.
Júlia pega o tecido: Não! Você vai
guardar isso. A gente pode denunciar esse cara. Você poderia ter sido só mais
uma das vítimas. Aprende: coração dos outros é uma terra em que nunca devemos
pisar.
Luigi pega de volta o tecido: Mas
quem garante que esse cara irá voltar? Isso não vai me ajudar.
Júlia: Você confia demais Luigi.
Não guarda o tecido. Ele poderá ser útil ainda.
Na pilastra...
Paloma pensativa: Não. Eu me recuso
acreditar que isso tenha sido obra do Igor.
Paloma
se preocupa.
Cena 4. Rio de Janeiro – Ilha do Governador / UFRJ –
Cidade Universitária / Dia
Gustavo e Amanda sentam em um canto
do pátio da universidade.
Amanda comendo: Você me parece tão
preocupado. É sobre aquela história com a sua namorada?
Gustavo cabisbaixo: Também. Mas eu
estou preocupado com meu irmão. Ele está doente! – ele ergue a cabeça. – Está
com um tumor cerebral. O caso dele é sério. Só que esse furacão passou lá em
casa como se nada tivesse acontecido. Todo mundo age da melhor maneira
possível, principalmente ele, como se estivesse esbanjando saúde.
Amanda larga o lanche: Mas qual o
problema nisso? Ele só quer se mostrar forte o suficiente, corajoso para
enfrentar uma doença. É raro encontrar uma pessoa que aceita a doença e
continua vivendo da melhor maneira possível.
Gustavo com a voz embargada: O
problema não é esse. Eu sei que por dentro ele está destruído. Ele sempre foi
assim. Tenta se mostrar forte por fora. E sempre para tentar me dá forças. Como
se eu fosse o empecilho do sofrimento dele.
Amanda sorri: Mas por um lado você
está poupando o sofrimento dele. Não acha?
Gustavo: Não. Sofrer por dentro só
vai corroer ele ainda mais. Ele tem que colocar esse sofrimento pra fora.
Guardar dor não faz bem pra ninguém.
Amanda segura nas mãos de Gustavo:
Independente da intensidade do sofrimento seu ou do seu irmão, ele é capaz de
ser suportável. Todo sofrimento é passageiro.
Gustavo
a olha apaixonado: O que seria de mim sem você. – ele a puxa e lhe abraça. –
Você é a melhor coisa que me aconteceu.
Cena 5. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Dia
Clarice e Kiara chegam em casa.
Clarice se joga no sofá: Eu falei
que ia colocar aquela vagabunda na cadeia.
Kiara se senta: Eu tenho medo da
reação dela. Essa mulher é perigosa. Ela matou o nosso primo!
Clarice se levanta: Essa história ainda
não me convenceu. Eu sempre desconfiei dessa história que por sinal é muito mal
contada.
Kiara se levanta em seguida: O
problema é que ela é perigosa. A gente brincou com fogo sem ter cama limpa pra
mijar.
Leandro desce a escada.
Leandro olha para Clarice
seriamente: A gente precisa terminar a nossa conversa.
Kiara pega sua bolsa: Acho que vou
ficar sobrando aqui. Dá licença.
Leandro e Clarice se encaram. A
mulher está nervosa.
No quarto de Igor...
Paloma invade o quarto. Igor está
sentado na cama procurando algo dentro de uma caixa.
Paloma bate a porta forte: Foi você
né?
Igor vira-se assustado: O que é
isso? Está maluca?! Eu não sei do que você está falando.
Paloma furiosa: Foi você que tentou
bater no Luigi. Eu já sei de tudo. Confessa que foi você.
Igor se levanta: Eu continuo sem
saber. Tentaram bater no Luigi? – ele se faz de cínico.
Paloma o segura: Larga de ser
cínico. Eu já sei de tudo. Eu vi o Luigi falando com a Júlia e do jeito que
você saiu daqui furioso coisa boa você não ia fazer. – ela o joga na cama. – Só
pra te avisar. Ele tem um pedaço da roupa que você estava usando. Se ele
descobrir... Você está ferrado!
Igor desesperado: QUÊ?!
Igor fica desesperado. Paloma o
encara furiosa.
Cena 6. Rio de Janeiro – Vidigal / Sobrado da Gisele /
Dia
Luíza chega em casa. Ferraz está de
saída. A jovem passa o olhando, sem entender. Gisele fecha a porta radiante.
Luíza estranhando: Quem é esse
cara?
Gisele sorrindo: Um “ficante”.
Luíza gargalha: Para de palhaçada
mãe. Você comprou alguma coisa e ele veio montar?
Gisele se senta: Não. Eu já disse
quem ele é. Um cara que eu conheci e estamos nos conhecendo melhor.
Luíza furiosa: E você mal conhece o
cara e já sai trazendo ele pra dentro de casa? Mãe! – ela repreende.
Gisele vira os olhos: Eu também
tenho o meu direito de se divertir!
Luíza se senta: Não vou fica
perdendo meu tempo. Você que sempre faz o papel de trouxa mesmo.
Gisele furiosa: Você me respeita!
Luíza sorri: Eu consegui os
convites pra festa. Não era isso que você queria?
Gisele se levanta radiante, rindo.
As duas se encaram sorrindo.
Gisele
radiante: Eu estou perto de vencer. Me aguarde, Alice!
Cena 7. Rio de Janeiro / Dia/Tarde
Algumas pessoas se divertem na
praia. Na Revista Luz... O movimento
na revista é bem grande. Melissa, Jordan e Tiago finalizam os preparativos pra
festa. Na pracinha... Eliane vê as
crianças se divertindo e chora, enquanto alisa a barriga. Na faculdade... Gustavo corre atrás de Amanda pelo pátio. Ele
consegue pegar a jovem e cai no chão. Os dois ficam com os rostos bem próximos
e se beija. Pouco depois... Os dois
estão na sala estudando. Eles se entreolham sorrindo. No apartamento de Clarice... Júlia e Luigi tiram algumas fotos e se
divertem. No quarto ao lado, Paloma
faz cócegas em Igor e os dois se divertem. Dentro
do ônibus... Stacy cola o rosto no vidro e fica pensativa, chorando. Ela
começa a lembrar de Marta e chora ainda mais.
Mais tarde...
Ferraz
caminha pela areia da praia, enquanto seus pés são banhados pela onda, que
quebra. Na cela... Alice está pensativa.
Cena 8. Rio de Janeiro – Ilha do Governador / UFRJ – Cidade Universitária
/ Fim de Tarde
Gustavo e Amanda saem da faculdade,
abraçados.
Gustavo sorrindo: Obrigado por
tudo. Eu realmente precisava ouvir cada palavra que você disse. Você é meu
anjo!
Amanda radiante: Não me deixa me
gabando tanto. – ela fica sem jeito e toda vermelha.
Gustavo ri: Você fica ainda mais
bonita quando está com vergonha. Eu já disse que você é a melhor coisa que me
aconteceu. Em meio ao furacão a sua companhia me acalma.
Amanda lhe abraça: Talvez essa seja
minha função: te acalmar. – ela se afasta. – Chega dessa melação. – ela ri. –
Não estou nem te reconhecendo. Você não era assim quando eu te conheci.
Gustavo ri: Tanta coisa aconteceu
que me fizeram mudar. Mas eu estou tão diferente assim?
Amanda sorri e cola seu rosto ao de
Gustavo: De qualquer jeito você fica bom. – e o beija.
Perto dali...
Stacy desce do ônibus e vai até a
entrada principal da universidade. Ela se depara com os dois se beijando. Stacy
começa a chorar ao vê a cena.
Cena 9. Rio de Janeiro - Delegacia / Sala da Simone / Fim de Tarde
Alice entra na sala da delegada. A
mesma está a sua espera.
Simone debochada: Fica à vontade.
Afinal, isso daqui faz parte da sua nova casa.
Alice furiosa: Eu vou provar que
isso tudo não passa de um mal entendido. O Sérgio vai confirmar que eu não
atirei nele.
Simone sem paciência: O Sérgio... O
Sérgio... – ela aproxima o rosto de Alice. – Quem não me garante que esse
Sérgio está sendo ameaçado por você?
Alice furiosa: VOCÊ ESTÁ ME
ACUSANDO DE QUE?
Simone: ABAIXA O TOM! – ela dá um
soco na mesa. – Aqui dentro quem toca música sou e você dança conforme o meu
ritmo. – ela se ajeita na cadeira. – Eu quero que você me conte o que aconteceu
no dia em que o seu mordomo foi baleado.
FLASHBACK /
ALGUNS DIAS ATRÁS
Célia e Petrônio tomam café
juntamente com Alice. Eles conversam. Sérgio serve os três.
Alice narrando: Eu estava tomando café com meus amigos até que o interfone
tocou. Era o porteiro. Ele me ligou desesperado dizendo que uma louca tinha
invadido o prédio e que estaria feito uma louca me procurando. Eu então fui vê
quem era.
Alice abre a porta: Clarice!
Alice narrando: Foi quando ela entrou furiosa, já sacando a arma. Todo
mundo se desesperou. Inclusive o Sérgio que vinha da cozinha. Eu pedi que ela
abaixasse a arma, mas ela estava transtornada.
Clarice furiosa: VOCÊ DESTRUIU
MINHA VIDA. EU VOU FAZER VOCÊ PAGAR COM A VIDA SUA DESGRAÇADA.
Alice narrando: E quando ela ia atirar o Sérgio entrou na frente.
Sérgio entra na frente de Alice:
MINHA DONA NÃOOOO!
Alice narrando: E o tiro pegou nele. Ele caiu nos meus braços e eu fui
junto. Eu estava sem reação, totalmente transtornada. Ela então colocou a arma
na minha mão e tirou a foto que você viu.
FIM
Alice cínica: Ela estava no local
do crime. Por que só eu sou a culpada? Ela não pode ter feito isso tudo para me
incriminar?
Simone assustada: Mas com qual
intuito ela faria isso? E você se recusaria a segurar a arma... Ou estou
enganada?
Alice se fazendo de vítima: Ela me
forçou a pegar a arma, eu desesperada, segurei. Mas o fato é outro! Essa mulher
é louca. Ela tem inveja de mim. Tem ódio de mim porque eu me dei bem na vida. Ela
me acusa de ter destruído a família dela quando comecei a namorar com o Enrico,
primo dela. Ela é uma psicopata. Ela é a verdadeira assassina da história. Foi
ela delegada. Foi ela que atirou no meu mordomo!
Simone parece acreditar na
história. Foca na imagem de Alice, se fazendo de vítima.
Fim do Capítulo 17!
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO...
Kiara: Eu
não gosto desses dois juntos. Não gosto mesmo. Esse romance entre primos é
coisa de antigamente. E mesmo assim, contra a vontade dos pais.
Leandro: E
hoje com o passar do tempo, o país ficou mais liberal. Não seria justo aceitar
todas as formas de amor?
Kiara sem
paciência: Ai não enche Leandro! – a campainha toca. – Eu atendo.
Ela vai até
a porta e abre.
Kiara
assustada: Polícia!
Barros
invade a casa: POLÍCIA! – ele mostra o distintivo. – Estou procurando por
Clarice Diniz.
•••
Célia rasga
a carta: VOCÊ QUE NÃO TINHA O DIREITO DE FAZER ESSA PALHAÇADA. VOCÊ ARQUITETA
UMA VINGANÇA DURANTE ANOS PRA DEPOIS FAZER UMA DECLARAÇÃO PRA BANDIDA?
Petrônio
debochada: Mas não é você que diz que não é vingança e sim justiça. Você é uma
piada pronta Célia.
Célia
estapeando Petrônio: SAI DO MEU APARTAMENTO. SOME DA MINHA VIDA SEU DESGRAÇADO.
SOME DA MINHA VIDA!
Petrônio
empurra Célia: EU VOU EMBORA SIM. MAS EU VOU CONTAR TUDO. EU CONTO TUDO PRA
ALICE.
Célia se
ergue rápida e pega uma arma: EU VOU TE MATAR SEU DESGRAÇADO. EU VOU ACABAR COM
VOCÊ. – ela aponta a arma para Petrônio. – VOCÊ SÓ SAI DAQUI MORTO.
•••
Alice
vira-se: Um amigo meu. Ele não mora aqui. Ele sempre me ajuda. Mas ele vai
voltar, fique tranquila.
Clarice:
Conta logo pra delegada quem é Nelson e acaba de uma vez com essa história.
Será que você é tão burra e não percebe que se você disser quem é Nelson a polícia
vai investigar ele?
Alice
sorri: X9 morre cedo. Não sabia disso? E eu sou jovem demais pra morrer. Eu
tenho outra proposta pra você. Eu quero fazer uma aliança contigo! Eu faço o
Sérgio retirar a queixa de tudo, mas você vai ter que me devolver tudo que me
pegou. Se o Sérgio tirar a queixa nós duas se livramos disso tudo. – ela segura
as mãos de Clarice. – É pegar ou largar... A-M-I-G-A!
As duas se
encaram. Fim.


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